lunes, 10 de mayo de 2010

"Não há mais incidentes", garante responsável da cadeia

No Estabelecimento Prisional de Coimbra viveu-se hoje um motim a partir das 10:00. No pavilhão concentraram-se 200 reclusos, mas a polícia conseguiu resolver a situação sem recorrer à violência ou ao Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais. Uma responsável da prisão já garantiu que "está tudo bem" e "não há mais incidentes".
Os reclusos protestaram pela qualidade da alimentação e alegada falta de cuidados médicos, disse uma fonte à Lusa. À TVI, outra fonte referiu um motivo diferente para a revolta: o facto de um dos presos com autorização para uma saída precária nesta Páscoa ter sido impedido em cima da hora de a gozar.

Segundo avançam a TVI e o Diário IOL, desde a manhã que os guardas estiveram com problemas para controlar os presos e esperou-se pela chegada da polícia de intervenção.
À porta da prisão concentraram-se duas dezenas de familiares de reclusos que, devido ao motim, não puderam fazer visitas.
À Lusa, fontes prisionais disseram que os reclusos recusaram entrar nas celas após o almoço em protesto pela qualidade da alimentação e alegada falta de cuidados médicos.
Fonte do Ministério da Justiça confirmou ao início da tarde à agência Lusa que "alguns indivíduos recusaram-se a entrar nas celas depois do almoço, mas a situação" estava "sob controlo".
Informação que não foi confirmada na altura por um dos reclusos, que foi contactado pela RTP. De acordo com esta fonte, cerca de 200 presos ainda se encontravam fora das suas celas, concentrados no pavilhão do estabelecimento prisional.
Uma fonte prisional disse à Lusa que uma equipa do corpo de intervenção dos Serviços Prisionais, composta por 18 elementos, saiu de Lisboa em direcção ao Estabelecimento Prisional de Coimbra, o que não foi confirmado pela fonte oficial do Ministério da Justiça.
Uma outra fonte prisional explicou que os reclusos protestavam contra a falta de qualidade da alimentação e dos cuidados médicos que são prestados no Estabelecimento Prisional de Coimbra.
O caso já foi objecto de uma exposição à Provedoria de Justiça no passado, mas a situação não foi até agora alterada, acrescentou a mesma fonte.
As últimas informações apontam para uma situação de acalmia. Uma fonte do Ministério da Justiça disse à RTPN que a polícia conseguiu dominar a situação sem recorrer à violência e que os reclusos regressaram às celas. O Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais não chegou a intervir.
"Não há mais incidentes"

Uma responsável do Estabelecimento Prisional de Coimbra veio já ao final da tarde à porta da cadeia dizer aos familiares dos reclusos que "está tudo bem" e que "não há mais incidentes".
"Sábado haverá visitas e as saídas precárias previstas para hoje vão concretizar-se", adiantou a mesma responsável, que não se identificou.
Questionada pelos jornalistas sobre que "incidentes" se registaram hoje no Estabelecimento Prisional de Coimbra, a responsável não quis responder.
Pouco depois saiu um preso em precária, que se limitou a dizer aos jornalistas que "foi um problema com um rapaz", acrescentando que "o ambiente está calmo" na cadeia.
Uma viatura dos Sapadores Bombeiros de Coimbra, que tinha transportado para a cadeia uma lona insuflável geralmente utilizada para amortecimento de saltos, abandonou depois o perímetro prisional.
Uma mulher que recebeu um telefonema do marido que está preso tinha referido à agência Lusa que este disse que "os reclusos se revoltaram por não ter sido autorizada a saída precária de um dos reclusos", versão confirmada pela fonte do Ministério da Justiça.
"Ele contava sair e o director da cadeia não assinou", disse a mulher, citando o marido, que terá dito que estava "a decorrer um motim, com a revolta dos reclusos, em solidariedade com o colega" que não foi autorizado a sair.
A mulher disse também à Lusa que o marido disse que "há um preso ferido, o que era para sair em precária".
Na sequência desta situação, não foram autorizadas hoje visitas no Estabelecimento Prisional de Coimbra, que decorrem normalmente entre as 14:30 e as 16:00, o que a fonte do Ministério da Justiça justificou por "uma razão de segurança".
Familiares de presos que se encontravam à porta da prisão desmobilizaram entretanto e os elementos do Corpo de Intervenção também abandonaram o local.

Fuente: Diario de Notícias DN 

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